terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Imperfeito

A chuva parou.
Vamos andar contra o vento e a brisa doce do mar
Sobre a imensidão do céu azul
Segure minha mão... E sinta minha pulsação...
Vamos brincar de
Brincar de palhaços a noite inteira.
Esqueça quem Você é... Esqueça quem sou eu... Apenas me abrace e sinta a beleza do desconhecido.
Posso sentir seu coração bater, posso sentir...
Agora Você entende o porquê de tantos Olhares? O porquê de tantos segredos guardados? Consegue sentir a integração?
Consegue sentir esse desejo absoluto de sonhos em vão? Podemos voar agora, segure firme em mim e vamos acompanhar os pássaros no céu azul.
Viajar no tempo... Viajar no espaço... Vamos ver lá de cima a beleza do inexplorado...
Vamos explorar planetas, sentir no coração o que nenhum homem conseguiu sentir...
Você já sentiu como se o medo deixasse de existir? Como se a bondade reinasse? Como se amizade fosse o maior troféu? - Chegou à hora... O sempre está a nossa porta.
Podemos descobrir juntos, ir além do inacabável. Como uma solidão intacta e ignóbil de desejos inexistentes com uma solidez profunda de ilusões.
Esse medo meu de existir, posso perder. Mas e você?
Que tal transformamos a ilusão na realidade inexistente?
Perderíamos esse medo.
incalculado... Impetuoso e ignorante
Que nos apavora.
Que possa nos satisfazer? Perderíamos esse medo sim, mas só o tempo poderá nos mostrar o controle que temos de nossas próprias vidas.
Controle? Que controle? Não precisamos dele... Deixe o calor de o nosso abraço nos levar para o mundo de fantasias. Transforme esse nosso medo em esperança de tornar esse mundo de fantasias, em um sonho realizado. Deixe as nossas emoções tomarem o controle, nem que seja por um instante!
Por um longo instante... Esqueça do tempo... Esqueça tudo. O segredo do tempo é consumi-lo sem percebê-lo. É fingir-se infinito para não o vermos passar, É fazer-se contar em anos em vez de momentos...
Momentos... E que momentos! Momentos que não voltam, mas que alegram o nosso cansado passado. Momentos que trouxeram naquela tarde diante do mar, a paz que habitava o nosso ser até a eternidade.
E profundidade de tudo e todos... Feliz é aquele que faz a loucura a sua vida, infeliz é aquele que faz da sua vida uma loucura.
Loucura é querer e não tentar conseguir. Loucura é amar e não querer perdoar. Loucura é abraçar e não sentir no toque, a felicidade de reinar.
É assim. O tempo todo, a vida toda... E os opostos, mais uma vez, andam em harmonia...
É brilhante... A harmonia que existe no silêncio de uma música ao piano. Nas palavras doces de um marido apaixonado. No abraço de dois amigos fiéis e amados.
Nostalgias invadem a superfície de mim... Sons em curvaturas infiltram tristezas repentinas
Nas lembranças violáceas um pouco do mundo escorrega diante do mofo de minhas retinas... Rubras vontades, discretas pretensões...
Ambientes vermelhos conspiram com a dor desta hora.
Porém o belo reinicia a festa, aquilo que era chamado de dor, agora é o tempero da fortaleza. Aquele vermelho violento começa a perder espaço pro azul e pra leveza. Mas o quê aconteceu? O bem ganhou do mal? - Não... Isso aconteceu quando ele começou a deixar de racionalizar... E enfim... Sentiu!


(Rafael SM & Júlia)

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